A eleição de um número significativo de prefeitos este ano é importante para os partidos, disso ninguém tem dúvida e nisso apostam as legendas ao investir no crescimento com vista à eleição de presidente, governadores, deputados e senadores em 2014.
Mas, cresce entre os políticos a percepção de que o efeito de uma vitória substancial agora não significa necessariamente que as estruturas municipais lhes garantirão uma colheita de votos tão boa quanto, daqui a dois anos.
Isso porque os partidos vêm notando que os prefeitos já não são indutores de voto – principalmente o majoritário – como foram em outras épocas. Perdem relevância eleitoral.
E por vários motivos: o primeiro é que nas grandes e médias cidades o eleitor forma sua opinião independentemente da posição política do chefe do Poder Executivo local, com base nas informações dos meios de comunicação e, não raro, na conjuntura nacional.
Nesses casos o mais comum é ocorrer o oposto: o prefeito é quem embarca na tendência da maioria e se deixa conduzir por ela.
Outro fator é a mudança de posição, ou mesmo de partido, do prefeito que, aliado a um determinado grupo na eleição, muitas vezes se transfere com a máquina municipal para outra ala que lhe pareça mais forte, politicamente vantajosa, alegam as famosas razões de governabilidade e um abraço.
Por Dora Kramer
Nenhum comentário:
Postar um comentário