O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), afirmou nesta quinta-feira que a presidente Dilma Rousseff deve tomar uma decisão entre demitir o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, ou extinguir a Comissão de Ética da Presidência, que recomendou sua retirada do cargo. "A Comissão de Ética não terá mais sentido, razão de existir, se sua recomendação, diante de tantos fatos graves que envolvem o ministro do Trabalho, não for acolhida pela Presidência da República. Faltava mais o quê?", criticou o senador. As informações são da Agência Senado.
O Ministério do Trabalho é alvo de denúncias que apontam a existência de esquema de cobrança de propina em convênios com organizações não governamentais. O ministro foi acusado de mentir em depoimento à Câmara ao negar conhecer um diretor de ONG que mantinha convênio com a pasta e fora acusada de irregularidades. Depois da divulgação de fotos e declarações em contrário, ele voltou atrás, admitindo conhecê-lo e ter viajado com ele.
Na quarta-feira, a Comissão de Ética Pública aplicou, por unanimidade, uma advertência e recomendou à presidente da República a exoneração de Lupi (PDT). Segundo o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, as explicações do ministro ao colegiado, ao Congresso Nacional e à imprensa foram "insatisfatórias" e "inconvenientes". A presidente Dilma Rousseff, no entanto, garantiu sobrevida ao ministro e preferiu não demiti-lo - por meio da Casa Civil, ela pediu mais dados sobre o que fundamentou o pedido de exoneração.
"Há provas documentais e testemunhas que por si só autorizam a presidente a adotar medidas administrativas e judiciais cabíveis, mas isso não ocorre", afirmou Dias. "É uma afronta à inteligência dos brasileiros a afirmativa de que há um esforço do governo para moralizar a atividade pública."
A situação, criticou o senador, é consequência de uma política de preenchimento de cargos na administração pública para premiar políticos que atendem aos interesses do governo. Segundo o líder do PSDB, isso provocaria um inchaço da máquina pública e criaria brechas para esquemas de corrupção que drenam as finanças públicas. O parlamentar criticou o fato de o Brasil manter quase 24 mil cargos comissionados, de livre nomeação, enquanto os Estados Unidos teriam pouco mais de 7 mil, e a Alemanha, 800.
Alvaro Dias mencionou, ainda, o ranking da ONG Transparência Internacional, que deu nota 3,8, numa escala de zero a dez, para a situação da corrupção no Brasil. Ele disse que a nota põe o País em posição de "destaque vergonhoso" entre os 183 avaliados, e pediu mais rapidez na tramitação do projeto do senador Pedro Taques (PDT-MT), que torna a corrupção um crime hediondo.
Fonte: Terra
O Ministério do Trabalho é alvo de denúncias que apontam a existência de esquema de cobrança de propina em convênios com organizações não governamentais. O ministro foi acusado de mentir em depoimento à Câmara ao negar conhecer um diretor de ONG que mantinha convênio com a pasta e fora acusada de irregularidades. Depois da divulgação de fotos e declarações em contrário, ele voltou atrás, admitindo conhecê-lo e ter viajado com ele.
Na quarta-feira, a Comissão de Ética Pública aplicou, por unanimidade, uma advertência e recomendou à presidente da República a exoneração de Lupi (PDT). Segundo o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, as explicações do ministro ao colegiado, ao Congresso Nacional e à imprensa foram "insatisfatórias" e "inconvenientes". A presidente Dilma Rousseff, no entanto, garantiu sobrevida ao ministro e preferiu não demiti-lo - por meio da Casa Civil, ela pediu mais dados sobre o que fundamentou o pedido de exoneração.
"Há provas documentais e testemunhas que por si só autorizam a presidente a adotar medidas administrativas e judiciais cabíveis, mas isso não ocorre", afirmou Dias. "É uma afronta à inteligência dos brasileiros a afirmativa de que há um esforço do governo para moralizar a atividade pública."
A situação, criticou o senador, é consequência de uma política de preenchimento de cargos na administração pública para premiar políticos que atendem aos interesses do governo. Segundo o líder do PSDB, isso provocaria um inchaço da máquina pública e criaria brechas para esquemas de corrupção que drenam as finanças públicas. O parlamentar criticou o fato de o Brasil manter quase 24 mil cargos comissionados, de livre nomeação, enquanto os Estados Unidos teriam pouco mais de 7 mil, e a Alemanha, 800.
Alvaro Dias mencionou, ainda, o ranking da ONG Transparência Internacional, que deu nota 3,8, numa escala de zero a dez, para a situação da corrupção no Brasil. Ele disse que a nota põe o País em posição de "destaque vergonhoso" entre os 183 avaliados, e pediu mais rapidez na tramitação do projeto do senador Pedro Taques (PDT-MT), que torna a corrupção um crime hediondo.
Fonte: Terra
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