Cachorros que serão abatidos e servidos como comida são mantidos em jaulas pequenas e com más condições de higiene
Foto: EFE
Uma
ONG da Coreia do Sul que luta contra o consumo de carne de cachorro no país
denunciou as más condições em que os animais são criados e abatidos.
A
ONG Kara é uma das que defendem a proibição da venda da "Kaegogi"
(carne canina) nos restaurantes especializados. Segundo o porta-voz da Kara,
Seo Bora-mi, os cães "vivem aglomerados em jaulas pequenas sem as mínimas
condições de higiene" - e, para sacrificá-los, vários estabelecimentos
usam métodos cruéis, como golpes na cabeça e enforcamento.
"Os
cachorros fazem parte da vida das pessoas, são inteligentes, percebem o que
acontece ao seu redor e expressam seus sentimentos", afirmou Seo Bora-mi.
De acordo com o porta-voz da Kara, cães de todas as raças, "de poodle a
maltês", são sacrificados para serem servidos como comida na Coreia do
Sul.
O
consumo da "Kaegogi" é uma tradição de milhares de anos na região,
mas ocorre ocasionalmente, já que é uma carne relativamente cara (de 10 a 15
euros por pessoa - R$ 25 a R$ 38) e está disponível somente em locais especializados.
"É deliciosa e não se pode comparar com a carne de porco ou de vaca",
disse o estudante de engenharia Park Bit-garam, 23 anos, enquanto toma uma sopa
de carne de cachorro em um restaurante do mercado de Moran, ao sul de Seul,
famoso por criar cães para consumo humano.
Ainda
que a legislação tecnicamente proíba a venda e o consumo de carne de cachorro
por não considerar o animal como gado, não há nenhuma punição estabelecida.
Assim, criadores e comerciantes de cães trabalham em um vácuo legal onde escapam
das inspeções e dos controles sanitários.
Fonte: Terra
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